Eu já te falei da minha camiseta da sorte?
Bem, ela tem uma história engraçada. Essa camiseta eu ganhei de uma puta. Era uma vizinha minha, lá de Porto Alegre. Eu morava no primeiro andar e ela no terceiro. Ela era muito louca, volta e meia arrumava uns barracos na porta do prédio. Quando eu conheci ela, ela tava numa fase de só querer fazer festa, porque tinha recém se separado do noivo dela, que também era meu vizinho, do segundo andar. Depois ela entrou numa fase da dorgas e eu parei de falar com ela. A última vez que eu vi ela, ela tava bem mais calma, já com 2 filhos, ela parece que tomou jeito.
Bom, naquela época, ela era parceria pra fazer balada. A gente foi em alguns pagodes juntos, mas não me entenda mal. Ela era ex puta da Tia Carmen, mas minha relação com ela era só de amizade e só.
De certa feita, ela foi para São Paulo e passou na 25 de Março e trouxe uma mala cheia de roupas para vender. Era meu aniversário e ela me deu uma camisa que ela trouxe de lá. Uma camisa falseta da Levis, que deve ter custado uns 20 pila. Naquela noite fomos no pagode do Chalaça, eu, ela, uma amiga e um neguinho que eu não sabia quem era. Chegamos lá, pegamos uma mesinha e não parava de vir ceva. Eu tomando todas e o neguinho bem na dele, não bebia e não falava nada. Daqui a pouco o neguinho sumiu e o show do Zueira começou. E a cerveja não parava.
Eu e minha camisa da sorte no Kerb de 2 irmãos - 2009
- Não deu nada, ficou tudo na conta do Nards.
- Nards? Que Nards?
- Nards, o carinha que tava com a gente, o vocalista do Zueira!
E eu nem reparei que o cara no palco era o neguinho queto.
Depois daquele dia, sempre que eu uso aquela camisa na balada eu pego mulher. Fato! Já comprei camisa de 150 reais com qual saí e não peguei ninguém, mas com a camisa da puta é pá e bola!