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domingo, 5 de setembro de 2010

A história de um gato (1)

Foi em Taquara, o ano eu não lembro muito bem, talvez 1994. Tinhamos acabado de nos mudar para nossa casa nova, lá no morro da formiga. Fazia uma semana que estávamos na casa e um maldito gato apareceu por lá. 

Cara, eu odeio gatos... Tem muita gente que gosta e eu não consigo entender, como gostar de um bicho egoísta e autocentrigo. O cachorro é um bicho que é seu amigo acima de tudo, o gato não, ele só pensa nele, só se interessa em comer e viver de boa. Até hoje, só teve um gato que eu gostei, que foi o Caco, que morava na casa da minha vó. Mas o Caco morreu esse ano, de velho, com 14 anos. Eu gostava dele porque ele falava comigo e era um gato bruto.

Bem, voltando a falar do maldito gato, que ficava miando na janela de noite e não nos deixava dormir. Parecia uma puta gritando por socorro (não que eu já tenha ouvido isso). Eu e meu pai conseguimos pegar o gato numa armadilha bem preparada com um pote de leite, colocamos o gato numa sacola, levamos ele até a Faccat e largamos lá. A Faccat não é muito longe, talvez umas 4 quadras dali, portanto não adiantou muito. De noite, lá estava a praga do gato miando no quintal. Merda! 

No outro dia conseguimos pegar o gato de novo, . Botei o gato numa sacolinha e levei ele de bicicleta até o Nacional, que fica lá no outro lado da cidade. Acreditem... não funcionou. O gato voltou. O que fazer? Não queríamos matar o gato, é uma medida muito drástica. Mas dessa vez eu ia levar ele tão longe que não ia ter como ele voltar. 

Mais uma vez, pegamos o gato e eu me toquei na bicicletinha com o bicho na sacoleira. Fui lá pra Tucanos. Onde é isso, não queira nem saber, mas ééééé looooonge. Andei, andei, andei, me toquei numas estradas de saibro, atravessei um ou dois riachos e larguei o gato num mato. Quando fui voltar para casa, devo ter errado o caminho em algum cruzamento e me perdi. Começou a escurecer e eu, lógico, fiquei apavorado. Nervoso, ainda caí descendo uma lomba, o pneu escorregou naquelas pedrinhas de rio e eu me esfolei todo. Parei num sítio e pedi para usar o telefone. Liguei para casa chorando, dizendo que tinha me perdido lá no interior de Taquara.

- Alo, pai? Eu não sei onde eu tô. Me perdi por causa daquela merda de gato!
- Mas tu é bem burro mesmo! Era muito fácil voltar.
- Como pai?
- Era só seguir o gato! Ele já chegou em casa.

Um comentário:

Mariana disse...

mas e o outro gato? aquele que ficou em volta do henrique! hahahahaha

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