Tantos livros para comentar, mas só há espaço para um neste post. E o escolhido não poderia ser outro!
Trata-se de um clássico da literatura mundial e que está em alta no momento. Muito em alta, para falar a verdade, devido a sua super produção cinematográfica... sim, vocês já devem estar sabendo... Trata-se de Alice no País das Maravilhas, que está em cartaz nos cinemas com efeitos 3D que prometem revolucionar as telonas, além de Johnny Deep estrelando como o Chapeleiro Maluco.
Bom, estou ansioso para conferir o filme, mas o livro eu já li e digo para vocês: Se Alice não fumou maconha, certamente o Lewis (autor) fumou. O livro é uma doideira só, e pra quem nunca ficou chapado, experimente o livro para ver como é. Os personagens e seus diálogos repentinos são o ponto forte... De fato, uma verdadeira viagem na maionese. Vamos a 3 deles, que são meus favoritos:
- Que tipo de gente vive lá?
- Naquela direção - o Gato disse, apontando sua pata direita em círculo - vive o Chapeleiro, e naquela - apontando a outra pata - vive a Lebre de Março. Visite qualquer um que você queira, os dois são malucos.
- Mas eu não quero ficar entre gente maluca - Alice retrucou.
- Oh, você não tem saída - disse o Gato - nós somos todos malucos aqui. Eu sou louco. Você é louca.”
- Por que um corvo se parece com uma escrivaninha?
“Legal, vamos ter diversão agora!”, pensou Alice. “Fico feliz que ele tenha começado a propor charadas — acho que posso adivinhar essa”, ela completou em voz alta.
- Você acha que pode encontrar a resposta dessa? - perguntou a Lebre de Março.
- Exatamente - respondeu Alice.
- Então você pode dizer o que acha - a Lebre de Março continuou.
- E vou - Alice replicou rapidamente - pelo menos, pelo menos, eu acho o que digo... o que é a mesma coisa, você sabe.”
- Não é a mesma coisa nem um pouco! - disse o Chapeleiro.
- Senão você também poderia dizer - completou a Lebre de Março -que ‘Eu gosto daquilo que tenho’ é a mesma coisa que ‘Eu tenho aquilo que gosto’.
- Seria o mesmo que dizer - interrompeu o Leirão, que parecia estar falando enquanto dormia - que ‘Eu respiro enquanto durmo’ é a mesma coisa que ‘Eu durmo enquanto respiro'!
- Ora, ora, criança! - retrucou a Duquesa - Tudo tem uma moral, se você encontrá-la. - E foi se apertando contra Alice enquanto falava.
Alice não gostou muito de estar tão perto dela, em primeiro lugar porque a Duquesa era muito feia, e em segundo lugar porque era do tamanho exato para apoiar o queixo sobre o ombro de Alice, e possuía um queixo muito pontudo. Entretanto, Alice não queria ser rude e por isso agüentou o quanto pôde.
- O jogo parece estar bem melhor agora - disse para manter a conversa.
- Perfeito - respondeu a Duquesa, “e a moral disso é...‘Oh!, é o amor, é o amor que faz o mundo girar!’
- Alguém disse - Alice murmurou - que ele gira quando cada um cuida dos seus próprios negócios.
- Ah! Bem! Isto quer dizer quase a mesma coisa - disse a Duquesa enfiando o queixo pontudo nos ombros de Alice, completando - e a moral disso é...‘Tome conta do sentido e os sons tomarão conta de si mesmos.’
“Como ela gosta de achar uma moral em tudo!”, Alice pensou consigo mesma.
- Aposto como você está pensando porque eu não coloco meu braço na sua cintura - a Duquesa falou, depois de uma pausa. - A razão é: tenho dúvidas em relação ao humor do seu flamingo. Posso experimentar?
- Ele pode bicar - Alice cautelosamente replicou, não se sentindo nem um pouco a fim de que ela tentasse.
- Bem verdade - disse a Duquesa - flamingos e a mostarda picam. E a moral disso é...‘Pássaros da mesma plumagem voam juntos’.
- Só que a mostarda não é um pássaro - Alice observou.
- Certo. Como sempre - disse a Duquesa - você tem uma maneira muito clara de colocar as coisas!
- É um mineral, eu acho. - disse Alice.
- É claro que é - disse a Duquesa, que parecia pronta para concordar com tudo que Alice dissesse. - Há uma grande máquina de mostarda perto daqui. E a moral disso é...‘Quanto mais tenho para mim, menos sobra para os outros’.
- Ah!, já sei! - exclamou Alice, que não tinha prestado atenção à última observação da Duquesa. - É um vegetal. Não parece com um mas é.
- Eu concordo com você - disse a Duquesa - e a moral disso é...‘Seja o que você parece ser’...ou, se você prefere colocar isso de um jeito mais simples...‘Nunca se imagine diferente do que deveria parecer para os outros o que você fosse ou poderia ter sido não seja diferente do que você tendo sido poderia ter parecido para eles ser diferente’.
Sábia duquesa!
Um comentário:
vc achou o filme doido, o que levou a assistir?
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